quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Apenas uma reflexão...

Que as aulas da especialização me deixam um tanto quanto "na estratosfera", isso quem me conhece sabe que é verdade. Mas hoje a coisa estava para além da estratosfera, se é que se pode dizer isso. Ao mesmo tempo, serviu - esta viagem do nada a algum lugar ainda desconhecido -, para que eu pensasse que lugar é este que estou, e o que estou fazendo para significar minha estada.

Bom, tal momento reflexivo se deu a partir de duas frases - que agora entram para as páginas do meu memorial, sem dúvida -, colocadas propositalmente pelo professor, que diziam o seguinte (longe de mim querer relatar a minha reflexão profunda sobre tais frases, irei me ater a algo mais básico e subjetivo):

"Meu cú é um lobo". Deleuze
"Onde meu cú é um lobo, a ciência é um pau que brocha". Lima Jr.

É engraçado, para uns desconcertante, exótico...Mas em meio aos risos exagerados, contidos, reprimidos e silêncios gritantes, coloquei-me a pensar sobre o que Deleuze tentou/queria despertar nas pessoas que leram/leriam esta frase. 

E trazendo um pouco para o contexto da minha vida, para situação em que me encontro - situação esta que, segundo minha amiga Renata, é periclitante -, penso que o Cú a que Deleuze se refere nada mais é que a sua vida, o sujeito Deleuze no ápice da sua voracidade, querendo tudo e lutando ferozmente por aquilo que almeja e deseja - UM LOBO. Eu digo que, neste momento, o lobo, o meu lobo está perdido em algum lugar que ainda desconheço; o meu cú (aqui entendido como o Ser/Sujeito EU), é um bicho qualquer, que ainda não consegui estabelecer uma relação dentre a relação dos animais conhecidos, mas que fica/estar assistindo as coisas e as pessoas acontecerem/passarem sem aquela força/vontade/coragem de levantar e gritar: EU TAMBÉM VOU EMBARCAR NESSA VIAGEM!!!

É um sentimento de impotência e, ao mesmo tempo, de desespero, perceber o quanto é difícil e doloroso ver o tempo passar sem poder aproveitar com a mesma voracidade de um lobo faminto, as oportunidades oferecidas; é quase a síndrome de Raul Seixas: sentada, com a boca cheia de dentes, esperando a morte chegar". 

É quase um entrar em crise, em meio as crises!! 

Ai... vou ficar por aqui... refletir dói!!!