quarta-feira, 9 de março de 2011

QUEM EU SOU?! QUEM SOU EU?!


Fui tomada pelas indagações da minha amiga Renata, sobre 'Quem sou eu' e confesso que fiquei um pouco...deixa eu ver uma palavra...desapontada por não saber me definir. Mas será que esse desapontamento é justo? Acho que não, afinal, essa dúvida não é so minha. Todos sentem um pouco de dificuldade em se definir e isso me consola.

Mas na inquietude de desconbrir quem sou, resolvi buscar consolo, alivio ou pistas com alguem que, em frases perfeitamente escritas, consegue traduzir o que estou sentindo e até, talvez, quem realmente SOU: CLARICE LISPECTOR!!

E como já era de se esperar encontrei uma frase que, de maneira muito singela e direta, traduz um pouco dessa pessoa de personalidade forte e às vezes dificil que sou EU!

"Sou inquieta, cuimenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha... Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas" Clarice Lispector

Será que alguém se habilita a fazer tradução melhor ou tão boa quanto de mim?! kkkkk... : )



segunda-feira, 7 de março de 2011

Devolva-me!!!!

"Há um silêncio dentro de mim. e esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras"Clarice Lispector

Há momentos na vida em que não sabemos o que queremos, nem quem somos. Estou nesse momento; nessa incrível incerteza do que quero. Sei quem sou, ou pelo menos acho que sei; mas não sei o que quero, ou sei e não sei que sei? Não sei!

Fato é que, essa profunda incerteza que me toma é fruto daquilo que tiraram de mim: a fé em mim mesma! Foi um árduo trabalho para voltar a acredtira em td que fazia; se comparado a uma escada, posso dizer que nessa busca incessante, estava nos últimos degraus a caminho da felicidade – se é que ela existe. Mas de repente, uma onda me pegou e me arremessou naquilo que eu mais temia: a dúvida!

Vivo hoje na dúvida. Será que de fato subi cada um daqueles degraus ou vivi um sonho, esse muito bom por sinal? Será que realmente fui util ou apenas um objeto, que sem mais utilidade, pode ser descartado e substituivel? Somos substituiveis ou insubstuiveis?

Às vezes me sinto usada; usável...E grito: eu sinto, eu sofro, eu me alegro, eu me comovo.

Chega! estou cansada da rotina de me ser!! Vou recolher-me, voltarei ao exercicio do meu silêncio; pensar nisso tudo dói d+, : ( 
 
 
 

sexta-feira, 4 de março de 2011

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativa”

É uma pena que as pessoas não reconhecem isso, não levam essa responsabilidade a sério e te magoam. O mundo poderia serm bem melhor se cuidassemos mais daqueles que nos amam.

"A rapousa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
-Por favor...cativa-me! – disse ela.
-Eu até gostaria – disse o principezinho – mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
-A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
-Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.
-É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas cada dia te sentarás um pouco mais perto...

Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
-A! Eu vou chorar.
-A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu não queria te fazer mal; mas tu quisestes que eu te cativasse...
-Quis – disse a raposa.
-Mas tu vais chorar!-disse ele.
-Vou – disse a raposa.
-Então, não terás ganho nada!
-Terei sim – disse a raposa – por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:
-Vai rever as rosas. Assim,compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus e eu te presentearei com um segredo.

O pequeno príncipe foi rever as rosas:
-Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda nos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era minha rapousa. Era uma igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.[...]

E voltou, então, à raposa:
-Adeus...-disse ele.
-Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos – repetiu o principezinho, para não se esquecer.
-Foi o tempo que perdestes com tua rosa que a fez tão importante.
-Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... – repetiu ele, para não se esquecer.
- Os homens esqueceram essa verdade – disse ainda a raposa.
-Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
-Eu sou responsável pela minha rosa...- repetiu o principezinho, para não esquecer.*


Trecho do livro "O Pequeno Principe",  Antoine de Saint-Exupéry